sábado, 22 de setembro de 2007
Acaso = Você = Poesia
"Não nego que sabia ver-te ali, mas não onde-como. Mas foi assim, ao acaso. E senti meu enrubescer e o teu, será(?), desconcerto. Silêncio claro, porque qualquer palavra poderia estragar essa poesia. E agora? TEmpo-tempo, bate papo com os amigos. Te vejo cortar o caminho para me cruzar, finjo não perceber isso (não poderia deixar-te sem graça) e aquele oi, mas já não haviamos falado oi (?), mas sim... bochechas pedem beijos, corpos pedem abraços. Silêncio, porque estragar a poesia deste momento tão sem palavras. E claro, horas e horas de espera para um novo acaso, e a tragédia toda da poesia perdida. Sempre assim, verso a verso que se desfaz no instante seguinte. Sim, nos vemos nos lados opostos e fingimos não nos procurar, não nos ver e não sorrir com cada verso pensado. Mas o novo ato, vem com a poesia mais persistente. Sim, há palavras. Mas são compulsivas, em minutos esgotam-se todos os assuntos que poderiam ter sido conversados a noite inteira. Instantes de silêncio, sim porque não (?), e claro, o silêncio que formula todos os versos para escrever assim que o papel e a caneta forem oportunos. O silêncio abraçando e abrassando-nos em cada suspiro e olhar é o melhor recôndido. Promessas de uma conversa depois: trabalho, preocupação, lazer, desprazer. Desencontro. Sim, quem sabe no próximo acaso... mas foi bom essa ilusão-verdade do teu desconcerto, do teu cortar o caminho, da compulsão e do silêncio. Desta poesia inscrita em cada acaso. "
segunda-feira, 17 de setembro de 2007
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