terça-feira, 2 de dezembro de 2008

Good Woman - Cat Power
I want to be a good woman
And I want, for you to be a good man.
This is why I will be leaving
And this is why, I can't see you no more.
I will miss your heart so tender
And I will love
This love forever
I don't want be a bad women
And I can't stand to see you be a bad man
I will miss your heart so tender
And I will love
This love forever
And this is why I am leaving
And this is why I can't see you no more
This is why I am lying when I say
That I don’t love you no more
Cause I want (to) be a good women
And I want for to be a good man





Para ouvir esta música:
http://www.mixwit.com/maoscoloridas/cat-power

Para conferir outros sons de Cat Power

http://b.radio.musica.uol.com.br/radio/index.php?ad=on&ref=Musica&busca=cat+power&param1=homebusca&q=cat+power&check=artista&x=49&y=7

quinta-feira, 27 de novembro de 2008

Do ciúme descabido

"(...)mas as lições do silêncio
podem não ser menos poderosas
que as da palavra(...)"
106 Anos - SARAMAGO In: O Caderno de Saramago

quarta-feira, 26 de novembro de 2008

:: Reminiscência ::

Eu
Entre a frieza de proteção,
tua carência ardente.
.
.
.
.
.
.
.
.
Do segredo da profundidade,
o revelar da tua superficialidade.
.
.
.
.
.
.
.
.
Da intensidade datada,
o intermitente desfazer-se.
Você

sábado, 22 de novembro de 2008

Do que não ouso falar...

"Do que não ouso falar,
do menino João, de todos os sertões
do homem Mau-Tempo, de todo antagonismo social.

Se João pudesse realizar seus sonhos
antes do tempo roubar-lhe a juventude,
dos seus desejos tão próprios à idade,
a percorrer caminhos do trabalho expropriado.

Se a Mau-Tempo, pudesse contornar à este homem,
que mal desponta o sol destas bandas, desperta.
retorna já depois do sol poente, roubando
os interstícios de sua idade que se esvai como a brisa.

Se ao menino, eu pudesse conservar os seus sonhos
dar-lhe, aos seus encantos, todos os cantos do mundo
colher de seu olhar, o brilho da juventude
dos seus sorrisos, a sinceridade dos desejos primeiros.

Se ao homem, eliminar as rugas do tempo tão precoce
dar-lhe os direitos do gênero humano,
colher, com seus braços e suor a base material necessária,
nem menos, nem mais, apenas o suficiente
do mais, alimentar o espírito, o prazer, a ventura.

Deste menino homem, neste mundo capital
restam-lhe o Mau-Tempo de suas angústias de menino
sobre as exigências do adulto João e suas responsabilidades.

Do homem menino, na vigente sociedade
sobram-lhe os sonhos de João, tão próprios a sua imensidão
cerceadas pelo Mau-Tempo das brincadeiras em mundo tão arredio.


Do que não ouso falar,
do amanhã vindouro, sempre esperado, a tanto procurado
dos [des]cantos do mundo, de João, de tantos Mau-Tempos
da luta tão remediada, tão custosa aos homens meninos
fazendo, irremediavelmete, de tantos outros, meninos homens

Do que não ouso falar,
de João Mau-Tempo, em terra brasilis, nos sertões do mundo
do menino homem, em cada canto dos encantos que me fascina
de João, tão menino ainda, tantos sonhos que nunca serão cumpridos
de Mau-Tempo, de sol a sol, num esperar do amanhã vindouro...

Ouso dizer, ainda, uma vez mais
da imprescindível luta pela liberdade dos meninos e dos homens,
superar o mau-tempo das barbáries capitais,
ceder os sonhos e as conquistas aos Joãos deste mundo
fortalecer, com os homens, o Bom-Tempo de sua vida livre e comum.

Ouso dizer, como quem cala a alma
o silêncio contido nos olhos do homem menino
Ouso dizer, à alma que cala
os urros de incontidos desejos do coração do menino homem
Não ouso dizer, dos encantos que os abraços me fizeram
da amargura, de tão pouco que me cabia, retribuir aos braços da labuta."


[O termo utilizado para o poema, João Mau-Tempo, é o nome da personagem
descrita por Saramago, em Levantado do Chão.
É, também, uma homenagem ao João Mau-Tempo que conheci e tão breves momentos,
deram-me luz a algumas reflexões acumuladas...]
-----------------------
Agradeço, também, a visita de todos. =)

terça-feira, 4 de novembro de 2008

China in Box ou Da Alienação



Tinha uma pedra no caminho da China.
Na China, tinha uma pedra no caminho.
Tão triste é caminhar pelas pedras chinesas.
Tão chinesas são as pedras do caminho.
pedras, poluição
pobreza
segregação
absurdo
No caminho chinês
de uma China
em cada esquina do mundo.
Na China tinha uma pedra no caminho.
No caminho de casa,
todas as pedras se assemelham...
Mas as pedras de lá
[não] são como as daqui.
As misérias de lá
aqui [não] existem.
No caminho de pedras,
quem deveria [a]tirar a primeira pedra [?]


::Reflexões sobre [os comentários a respeito d]as
Olimpíadas na China,somente postadas agora::

quinta-feira, 14 de agosto de 2008

Hai Kai: Série Quintas Fenomenológicas (I)

[des]conhecer
quando o oculto vigora
o show [engana]

domingo, 10 de agosto de 2008

tua maturidade
é inversamente proporcional ao
teu ego

segunda-feira, 28 de julho de 2008

Sal-dade

Salar de Uyuni - Bolívia
Carlos Cerrulla



Sabe,
às vezes
[mentira, sempre]
eu sinto
saudade,
são tantas efemeridades temporais que não cabem a qualidade das relações
sobram sal-dades
sal das distâncias [in]transponíveissal das realidades tão contemporâneas
transformando a saudade tão salgada
sal das pós-modernizantes ferramentas faláciosas de aproximação
eu aqui e você aí, num total desencontro tempo-espaço
superada somente por aquela saudade da distância mesmo
quando os corpos estão unidos
Enfim, minhas saudades salgadas são poesias vãs
no ínfimo desejo de dizer que sinto sua ausênciano meu cotidiano,
nas rodas de conversanas discussão tão formativas
nas curvas das letras que leio e no risco da palavra q escrevo
somente para anunciar o quão importante você se faz
no meu caminhar e que faltam passos simultâneos
na estrada que seguimos no horizonte
Que a distância desta saudade,circunscreva atalhos para conversarmos resencialmente
desatando o salgado desta saudade e
brindando a saúde da amizade.

terça-feira, 1 de julho de 2008

Variações sobre o mesmo tema/destempero

Em 'n' cantos
"Encantos teus
permanecem
inaudíveis
Seu canto às
outras,
pelo contrário,
doem ao som visível."




Por en-cantos

"Do canto ao
canto,
encanto onipresente
Diluído em
cantos alheios
aqui
e
acolá
na canção alheia
e a distância do
encanto em cada
canto
dos meus poros"




Do [desen]canto
"Das tuas ciranda
de canto
[en]canto ao devir
Do passado
[desen]canto se fez"

quinta-feira, 12 de junho de 2008

O [in]tangível [re]verso

Das possibilidades
arco-íris
colorindo horizontes
a íris arde
Das impossibilidades
o pós - já era
aguardando atitudes
pos[sibilidade] jaz em sua era.
Do imprescindível
[con] verso
circundando
[in] verso

quinta-feira, 10 de abril de 2008

Abril Despedaçado

Abril
abrindo antigas chagas

des

pe

da

çan

do

o restinho de amor.


OU


Abril Despedaçado
tal como "Noites Brancas"


OU

Abril
Abriu
Despedaçado
Eu quero um novo!

terça-feira, 8 de janeiro de 2008

Porque ela me traduz em versos

Psicografia - Ana Cristina César

"Também eu saio à revelia
e procuro uma síntese nas demoras
cato obsessões com fria têmpera e digo
do coração não saibe e digo
da palavra: não digo (não posso ainda acreditar
na vida) e demito o verso como quem acena
e vivo como quem despede a raiva de ter visto"