quarta-feira, 11 de dezembro de 2013

Ode à J.N.


[Imagem: David Agenjo]


Meu verbo é partir
de cais em cais
Em cacos em todo adeus

terça-feira, 3 de dezembro de 2013

Mantra para J.N.

[Imagem Pinterest - sem créditos]

Morrerás sufocada, com as tuas palavras,
(não) ditas e mal.ditas. 
Morrerás, ao final, sempre.
 Sucumbas-te ao teu destino

domingo, 3 de novembro de 2013

Salto Alto



Porque somos dois nos equilibrando
na corda bamba chamada vida
nos embalando dia sim, dia não 
no que chamamos carpe diem

Entre desejos sinceros e rejeições
aquecendo-nos nesse inv(f)erno
sabendo que somos finitos
no tempo e no momento. 

Obrigado, pela sua ternura
e inocência que me encanta
e me espanta, como a sua maldade
em cada canto dos meus desencantos.

Prudência

[Imagem Tumblr - Sem identificação]


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O fato é que ser prudente nunca me levou a nada. Não ser, talvez, esteja me levando a beira da loucura. Há três dias estou em estado de choque com a loucura que se assenhorou de mim, pelo que posso causar aos outros e a mim mesma. Sempre senti tudo a flor da pele, com marcas que sempre ocultei porque o escarneio público, cedo ou tarde, sempre há. Agora parece que sentir tudo a flor da pele me excede e o excesso desse sentir faz com que (des)oculte os meus segredos, (des)oculte o meu escarneio e me coloca numa f'rágil exposição de mim, incredulamente, por mim mesma. Aquela noite, era tanta coisa, era tanta espera, era tanta desilusão... de drink em drink fui bulinando meus (des)afetos e sem ninguém a quem apoiar o controle social necessário, o fundo do poço logo foi tocado pelo meu corpo, porque a alma, já estava entregue. E porque tudo isso? Porque eu já sai do estado entorpecente do álcool. Já estou livre dos efeitos colaterais das doses de remédio. Mas não estou livre da minha prudência e da minha falta de prudência, ambas, com seu grau de loucura sobre mim. Há perguntas gerais, que eu poderia me fazer ou fazer a qualquer um que tenha me levado a esse caminho sem volta da (falta de) prudência. E às vezes eu só queria saber a sua resposta à minha pergunta, ainda sufocante na minha garganta, entre o falar e o sentido de prudência que você me cobra e a prudência que recobro a mim mesma. Mas seria prudente falar ou não falar? O seu distanciamento é prudente ou não?  Nos perdemos, quando mal chegamos a nos ter/ser. E, talvez, essa tenha sido a ação mais prudente da sua parte, mas que me deixou sem nenhum prudência, seja no meu grito que você sabe existir, seja no meu silêncio ruidoso que como bom jogador você sabe ouvir. Estarei aqui, enquanto você decide qual o passo mais prudente para você, enquanto eu me equilíbrio entre os meus erros e acertos - mais erros, confesso, do que acertos - com as marcas no corpo e na alma. E que isso não seja o nosso fim, ou que seja, pelo menos dessa loucura me excede.


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sexta-feira, 27 de setembro de 2013

Para nos transcrever...


[OmarOrtiz]

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Capturas-me com teu olhar,
a ponto de me fazer tua,
toda nua, para te encantar

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segunda-feira, 16 de setembro de 2013

A (não) história de nós dois - I


[Lora Zombie - Anna]



Somos dois,
dois triângulos invertidos
que fazem, indubitavelmente, quatro solitários



quinta-feira, 1 de agosto de 2013

Para aprender a ler-me (II)

[Omar Ortiz]


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Os melhores diálogos ainda estão para serem escritos
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quarta-feira, 10 de julho de 2013

Mezcal (II)

[Andre Kohn]

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antropofagia é essa ausência 
sua a me devorar por dentro, 
por inteira, feito penitência.

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segunda-feira, 24 de junho de 2013

Mezcal



[Win Wenders - Pina]
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"O problema de ser composta de silêncio é 
que talvez não possamos nos compreender: 
nem me traduzo e nem pode me ler"


quarta-feira, 10 de abril de 2013

Meus silêncios I



[W. Kandinsky -WeichesHart]

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Seria teu 
(des)conserto 
igual ao meu?