sábado, 25 de agosto de 2007

Do silêncio que virou mudez...

"Você é surdo?
Perto de você é impossível controlar as batidas taquicardíacas do meu coração que oxigena suas sensações por todo o meu corpo, mas você se ri de mim porque pareço muda diante de você.
Você é cego?
Se pudesse ler o braille transcrito em cada olhar que dirigo, em meio a confusão de olhares, os tantos versos que jamais saberá seus. Prefere o som do radinho a pilha, que chia mais que canta, as palavras cata-vento sopradas quase ao acaso, sem destinatário.
Você é/está mudo?
Transborda expressões tão banais a qualquer coisa tão mais banal ainda, percorrendo situações futeis, respondendo esbravejamentos tão levianos e nem sorri, em palavras-gestos, as notas dedicadas a você.
Você está morto?
Que não percebe a vida que corre em cada silêncio meu dedicado as impressões todas que impregnam minha alma de você? Não percebe que meu silencio não é mudez e que natimorto o sentimento não pode esperar mais...
Você não ouvirá mais meu silêncio... cansado, ele a pouco virou mudez (!)"

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