sábado, 25 de agosto de 2007

:: sensações ::

"As palavras emitidas sem destinatários específicos não esperavam respostas, mas estas vieram em prontidão. Não eram palavras à você, ao menos, não diretamente. Mas confesso, que os olhares, guardados desde aquele dia, em que tocava em seu violão suas vibrações, cedendo aos meus pedidos e compreendendo minhas vontades não definidas, transbordaram aquele dia. Mesmo que as íris tivessem obstáculos, sabiamos a direção do olhar em cada tirimbar das cordas vocais, mas sem ilusões de expectativas vãs... Queria e esperava vê-lo a noite, como por acaso, e tentar olhares, mais por angariar sonhos do que por convicção da correspondência e vi, distante, sem nenhuma possibilidade de ver-me. Sem querer, no entanto, inicia-se uma conversa... cada gesticulação das mãos convulcionadas e das palavras, às vezes perdidas em meio aos pensamentos, olhares... E no fim da festa, um tão tradicional: "Será?". Encontros ao acaso, será um dia... ?"

2 comentários:

Marcelo disse...

"...mais por angariar sonhos do que por convicção da correspondência..."

Simplesmente irretocável seu texto.
Jamais sabemos por quem, ou quando, iremos nos apaixonar.
Não somos donos de nossos corações, eis um orgão independente e com vontade própria.
Daí a dificuldade para apagar amores que voaram por nossas janelas abertas.

Amei seu estilo e sua intimidade, indiscutível, com as letras.

Volto sempre também.

Beijos, menininha.

Marla de Queiroz disse...

No fundo, no fundo, parece que tentamos dizer a mesma coisa...ainda que com uma distância física e a outra abstrata de tão física.
Estranhas essas conexões da blogosfera.Mas tão ricas sempre.

Adoro teus rastros.
Sempre deixam teu perfume.

Um beijo grande.
Tbm volto.