sábado, 11 de setembro de 2010

Porque ela me traduz, seja em verso seja em prosa

Um Sopro de Vida
Clarice Lispector
(1978)


"Eu não sou uma sonhadora. Eu só devaneio para alcançar a realidade."

"Ela é cheia de oportunidades perdidas."

"Tudo nela se organiza em torno de um enigma intangível em seu núcleo mais íntimo."

"Meu enorme desperdício de mim mesma"

"A  prova  de  que  estou  recuperando  a  saúde mental,  é  que  estou cada  minuto  mais  permissiva:  eu  me  permito  mais  liberdade  e  mais experiências. E  aceito  o  acaso. Anseio  pelo  que  ainda não experimentei. Maior espaço psíquico. Estou  felizmente mais doida. E minha  ignorância aumenta. A diferença entre o doido e o não-doido é que o não-doido não diz  nem  faz  as  coisas  que  pensa.  Será  que  a  polícia me  pega? Me  pega porque existo? paga-se com prisão a vida: palavra linda, orgânica, sestrosa, pleonástica, espérmica, duróbila."


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