sexta-feira, 25 de julho de 2014

Dos versos que jamais vou lhe escrever

Grace In White - By Moussin Irjan

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Ela gostava de estar entre os braços dele, (quase) todos os dias, porque além de ternura, sentia-se protegida de qualquer eventualidade que pudesse lhe roubar o humor (e, com certeza roubaria) no primeiro vento que lhe soprasse as têmporas. O mundo dá voltas, sem parar, implacável como o tempo e a distância, que lhe rouba os sorrisos. Sentia falta do enlace de braços todos os dias; mas hoje, mais do que tudo, queria apenas um abraço dele, para esquecer do mundo e das eventualidades todas que o tempo, o mundo e o vento lhe lembravam a cada volta que acontecia, no voar do despenhadeiro rumo ao finito de ser-se.

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