sábado, 6 de novembro de 2010

Espérer, Mon Amour


[Image: Leonid Afremov - Hayku by Me]



o silêncio que cala 
o amor que te guardo
um dia, quem sabe, te falo



sábado, 11 de setembro de 2010

Porque ela me traduz, seja em verso seja em prosa

Um Sopro de Vida
Clarice Lispector
(1978)


"Eu não sou uma sonhadora. Eu só devaneio para alcançar a realidade."

"Ela é cheia de oportunidades perdidas."

"Tudo nela se organiza em torno de um enigma intangível em seu núcleo mais íntimo."

"Meu enorme desperdício de mim mesma"

"A  prova  de  que  estou  recuperando  a  saúde mental,  é  que  estou cada  minuto  mais  permissiva:  eu  me  permito  mais  liberdade  e  mais experiências. E  aceito  o  acaso. Anseio  pelo  que  ainda não experimentei. Maior espaço psíquico. Estou  felizmente mais doida. E minha  ignorância aumenta. A diferença entre o doido e o não-doido é que o não-doido não diz  nem  faz  as  coisas  que  pensa.  Será  que  a  polícia me  pega? Me  pega porque existo? paga-se com prisão a vida: palavra linda, orgânica, sestrosa, pleonástica, espérmica, duróbila."


sábado, 4 de setembro de 2010

Não foi, não será (III)


Imagem: Cortex II -Eno Henze


Ao não te amar,
ao contrário do que poderia imaginar,
a dor da perda se fez muito maior.

sábado, 3 de julho de 2010

Desejos


[Imagem: Alan Feltus - Hotel Paradiso (1999) ]





"Andávamos sem nos procurar,
mas sabendo sempre que
andávamos para nos encontrar"

Julio Cortázar
O Jogo da Amarelinha, p.19

quarta-feira, 30 de junho de 2010

5 segundos



[Imagem: Michael Shapcott - Auburn]





a [in]decisão entre
desejo e tempo
espera[nça]




segunda-feira, 29 de março de 2010

sábado, 13 de março de 2010

Porque ele me traduz em prosa




"[...] mas preferia always não ser agressiva, mas dizer o q pensava REALMENTE com maiúsculas (era tão pretencioso pensar q pudesse um day dizer REALMENTE tudo q pensava em maiúsculas) - enfim, Sally calava. Só q nos últimos tempos, vinha observando sem tomar nenhuma decisão about that, mas nos últimos tiempos vinha calando demás"

Caio Fernando Abreu
In: Pedras de Calcutá, 2007, p.117.


segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010











"Será assim, sempre?"










sexta-feira, 1 de janeiro de 2010

Que seja, sem deixar de sermos...

É humano querer o que nos é preciso,
e é humano desejar o que não nos é preciso

mas é para nós desejável.
O que é doença é
desejar com igual intensidade
o que é preciso e o que é desejável,
e sofrer por não ser perfeito
como se sofresse por não ter pão.
O mal romântico é este:
querer a Lua
como se houvesse maneira de a obter."


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Livro do Desassossego - Bernardo Soares (Fernando Pessoa)